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sexta-feira, 3 de junho de 2016

Estamos na estrada com 8 criações! E ainda nem chegou o Verão...

Pozzo chega a Sevilha. Conchas pelo país. d’Orfeu AC com 8 espetáculos em digressão!
“Pozzo” chega a Sevilha! A estreia do espetáculo em Espanha será a 11 de junho, no festival Circada.

A d’Orfeu tem, neste momento, oito criações na estrada. Estreou “Conchas” e “Pozzo”, duas co-produções, em abril passado e enfrenta uma intensa agenda de verão, cruzando muitos palcos e territórios. A cada semana, multiplicam-se as viagens e as emoções. As agendas completas podem ser conhecidas em www.dorfeu.pt/criacao.

“Pozzo”, de Rui Paixão e Carlos Reis, o mais recente projeto criativo com carimbo d’Orfeu, estreado em abril numa co-produção com o Cão à Chuva, é apresentado a 11 de junho no festival Circada, em Sevilha (Espanha). Vai passar depois por Braga, Almada, Guimarães, Ovar, Paredes de Coura, Caldas da Raínha e Sines. O “Pozzo” chegará em setembro a Águeda! 
O outro espetáculo da mesma dupla, “Lullaby”, chega este fim-de-semana a França, onde se apresenta no Festival Les Années Joué, na região de Tours, com apresentações a 4 e 5 de junho. Seguirá diretamente para Sevilha e Málaga, também no âmbito do Circada, antes de prosseguir uma intensa agenda de verão por todo o país e no estrangeiro.

Outra estreia de abril foi “Conchas”, o espetáculo para bebés co-produzido entre d’Orfeu AC, Marionetas de Mandrágora e Franziska Aarflot (Noruega). Já passou por Ílhavo, Sever do Vouga, Estarreja, Águeda e Abrantes, com famílias encantadas em todas as sessões. As próximas apresentações são em Oliveira do Bairro (Quartel das Artes, 12 de junho) e em São João da Madeira (Casa da Criatividade, 2 de julho).

No passado fim-de-semana em Almada, no Festival Sementes, esteve o espetáculo “Borbolino”, inspirado no livro homónimo de Odete Ferreira. O solo de Ricardo Falcão, que ultimamente passara também por Espinho e Vagos, volta a ser apresentado a 24 de junho, na Biblioteca Municipal de Estarreja.

Pelo meio das gravações para novo disco, os “Toques do Caramulo” voltam à estrada já este sábado, 4 junho, nas Festas do Município de Estarreja. Antes, houve concertos em Redondela (Galiza) e Penedono. A 21 de julho tocarão no Babelsound festival, na Hungria.

Por Guimarães, Beja, Estarreja e Aveiro passou já o “Muito Riso, Muito Siso” este ano. Também em Guimarães esteve, no último sábado, o “Reportório Osório”, que tem novas datas para breve. Por fim, destaque para “Birilibaile”, formação que, depois da participação no Festival i, tem prevista para agosto uma digressão a Neuchâtel, na Suíça.

sexta-feira, 31 de outubro de 2014

d'Orfeu marca presença em feiras internacionais

d’Orfeu, uma marca (também) internacional!
Visibilidade além-fronteiras com stand na Womex e concertos na FiraMediterrània.

A d'Orfeu reforçou a sua internacionalização no mês de Outubro, ao marcar forte presença em dois importantes certames do sector cultural: na Womex, a maior feira mundial de músicas do mundo que, este ano, se realizou em Santiago de Compostela e na Fira Mediterrània de Manresa, perto de Barcelona. Com regular acesso a espaços privilegiados para oportunidades de circulação artística no estrangeiro, a associação aguedense é uma das poucas instituições portuguesas a posicionar-se estrategicamente nestes mercados internacionais.

A comitiva d'Orfeu na Womex, pela primeira vez com stand próprio, viveu quatro dias de intensos contactos à escala global, naquele que é considerado o evento de world music mais importante do ano entre programadores e agentes musicais de todo o mundo. De 22 a 26 de Outubro, em plena 20ª edição da Womex, a projecção internacional da d'Orfeu ganhou com a visibilidade dada à sua actividade artística e associativa, com particular foco nas criações musicais “Toques do Caramulo” e “Contracorrente” e nos festivais “OuTonalidades – circuito português de música ao vivo” e “Festim - festival intermunicipal de músicas do mundo”. Também enquanto único membro português do European Forum of Worldwide Music Festivals, fortemente representado em Santiago, o Festim viu ali alinhavadas muitas oportunidades de programação para a sua próxima edição em 2015.

Antes ainda, na 17ª Fira Mediterrània de Manresa (Catalunha), a 10 e 11 de Outubro, a presença da d’Orfeu teve pela primeira vez vertente artística e logo em dose dupla, pois além da presença em encontros profissionais como sucede desde há anos, do programa da Fira fizeram parte os concertos de “Toques do Caramulo” e da orquestra europeia “Folkmus”, ambos projectos com marca d’Orfeu. Os Toques do Caramulo foram os primeiros a subir ao palco da Taverna Damm, apresentando as modas esquecidas da Serra do Caramulo com a habitual energia em palco e interacção com o público. No dia seguinte, foi a vez da Orquestra Folkmus se apresentar no mesmo recinto, com os músicos portugueses Manuel Maio, João Pratas e Sara Vidal. Trata-se de um projecto europeu do qual a d'Orfeu é parceira com outras instituições da Estónia, Grécia, Itália e Espanha, com o intuito de revitalizar as músicas tradicionais num diálogo geracional e cultural, plasmadas recentemente numa edição discográfica.

Ambas as experiências – Womex e FiraMediterrània - se revelaram altamente frutíferas, ao estabelecer futuras cooperações internacionais envolvendo a d’Orfeu, as suas criações e os seus festivais, proporcionando a sua expansão a nível artístico e afirmando-a enquanto importante agente cultural português no mercado mundial, com uma identidade própria e um percurso reconhecido, em vésperas de completar 19 anos de intensa actividade cultural em Águeda.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

FolkMus com grande acolhimento em Águeda!

 
Encontros pedagógicos nas escolas, gravações, workshops e concerto no Espaço d’Orfeu
Projecto europeu FolkMus teve a sua etapa portuguesa em Águeda!


Na semana de 29 de Outubro a 1 de Novembro, o projecto europeu FolkMus chegou a Portugal e instalou-se de armas e bagagens em Águeda, para o desenvolvimento de diversas actividades: desde encontros pedagógicos com as escolas locais até ao concerto no Espaço d'Orfeu, passando pelos workshops de adufe e cavaquinho abertos à comunidade. Uma semana intensa de celebração festiva das tradições e culturas europeias!

O projecto apoiado pela União Europeia integra jovens músicos da Estónia, Itália, Grécia, Espanha e Portugal, constituindo-se como uma orquestra transnacional de inspiração folk, com a missão de preservar e revitalizar músicas e instrumentos tradicionais para os dias de hoje.

Foi precisamente com este intuito que na quarta-feira, dia 30 de Outubro, a comitiva FolkMus reuniu-se com 140 alunos do Jardim de Infância e do 1º Ciclo da EB1 de Águeda, que tiveram a oportunidade de conhecer directamente com os músicos as diversas culturas dos países, os diferentes idiomas e os instrumentos que tocam, a par da larga curiosidade dos mais pequenos, que foram fazendo perguntas ao longo da sessão, que terminou em dança colectiva.

Na continuidade do espírito educativo do projecto, a passagem de FolkMus por Águeda também contemplou na quinta-feira, dia 31 de Outubro, a realização dos workshops de adufe, com Rui Silva, e de cavaquinho, com André Jesus, ambos de participação gratuita e abertos à comunidade, com um total de 25 participantes.

O ponto alto desta etapa em Águeda culminou no Espaço d'Orfeu com o concerto na sexta-feira, dia 1 de Novembro, no último concerto do 17º OuTonalidades na casa-mãe do circuito (que prossegue até 19 de Dezembro por todo o país). Com um público rendido desde o primeiro instante, durante hora e meia os músicos desfilaram melodias tradicionais de cada ponto cardeal europeu, numa fusão de sonoridades que se cruzaram entre si e à qual ninguém ficou indiferente.

Após o primeiro encontro na Estónia em Julho passado, Águeda foi a segunda paragem desta viagem colectiva da qual a d'Orfeu é parceira, conjuntamente com os congéneres Município de Roma, Zètema Progetto Cultura e Archivio Aurunco (Itália), Centro de Música Tradicional da Estónia (Estónia), Departamento Social de Cyclades (Grécia) e Fira Mediterrània de Manresa (Espanha). Até Abril de 2015, a Orquestra FolkMus apresentar-se-á ainda em festivais e centros culturais na Grécia, Itália e Espanha, ao mesmo tempo que procede à edição discográfica do projecto, que se iniciou nesta etapa portuguesa com a equipa técnica da d'Orfeu.

sexta-feira, 25 de outubro de 2013

Orquestra FolkMus em Águeda, na próxima sexta-feira!

  Concerto especial em Águeda, no Espaço d’Orfeu, na próxima sexta 1 de Novembro.
Chega finalmente a Portugal a Orquestra Europeia FolkMus!

Na próxima sexta 1 Novembro, pelas 22h30, o Espaço d’Orfeu recebe o especial concerto da Orquestra Europeia FolkMus que, a par de músicos da Estónia, Itália, Grécia e Espanha, integra também 3 portugueses: Sara Vidal, João Pratas e Manuel Maio. A d'Orfeu integra este projecto europeu, uma orquestra transnacional de inspiração folk apoiada pela União Europeia, que teve o seu primeiro encontro em Julho passado na Estónia e chega agora a Portugal.

No concerto a que Águeda pode assistir na próxima sexta-feira à noite, a tenda do Espaço d’Orfeu vai encher-se com o lado festivo das tradições, um caldeirão de culturas, a energia de uma folk vibrante. Os músicos cruzam as suas melodias mais genuínas e representativas, revitalizando a memória e os instrumentos tradicionais para os tempos actuais, em forma de orquestra multicultural de fusão.

A comitiva FolkMus, nesta etapa em Portugal, chega a Águeda no início da semana e desdobra-se em formação, ensaios e gravações, uma vez que além do concerto da próxima sexta-feira, o projecto inclui ainda o envolvimento com a comunidade artística local e uma edição discográfica. A d’Orfeu assume a representação portuguesa nesta iniciativa, juntamente com os parceiros Município de Roma, Zètema Progetto Cultura e Archivio Aurunco (Itália), Centro de Música Tradicional da Estónia (Estónia), Departamento Social de Cyclades (Grécia) e Fira Mediterrània de Manresa (Espanha).

Até Abril de 2015, a Orquestra FolkMus, depois de se ter estreado na Estónia e passado agora em Portugal, apresentar-se-á ainda em festivais e centros culturais na Grécia, Itália e Espanha. O projecto FolkMus reúne jovens músicos emergentes de cada país, que numa sequência de residências artísticas em cada país trabalham musicalmente sobre as diversas tradições que compõem a matriz europeia, partilhando a paixão pelas músicas étnicas.

O concerto da Orquestra FolkMus em Águeda é de entrada livre e está integrado no 17º OuTonalidades - circuito português de música ao vivo, sendo esta a última noite da breve série de concertos na casa-mãe – o Espaço d’Orfeu -, embora o circuito prossiga, por todo o país, até 19 de Dezembro. Todo o programa da 17ª edição do OuTonalidades, semana a semana, pode ser consultado em http://www.dorfeu.pt/outonalidades, onde é possível aceder à apresentação detalhada de todos os grupos e espaços do circuito.

terça-feira, 23 de julho de 2013

d'Orfeu inicia na Estónia novo projecto europeu

Orquestra FolkMus passa por Águeda em Novembro próximo
d’Orfeu inicia na Estónia
novo projecto europeu! 


A d'Orfeu integra o novo projecto europeu FolkMus, uma orquestra europeia de inspiração folk apoiada pela União Europeia, através do Programa Cultura, que está a realizar o seu primeiro encontro esta semana, de 23 a 27 de Julho, na Estónia, concretamente no Viljandi Folk Music Festival. Pela associação aguedense, os músicos Sara Vidal, João Pratas e Manuel Maio integram a futura Orquestra FolkMus que, além de percorrer Estónia, Itália, Grécia e Espanha, actuará no próximo Outono também em Portugal.

Reforçando o seu espírito de intercâmbio cultural, a d’Orfeu assume a representação portuguesa nesta iniciativa, juntamente com os parceiros Zètema Progetto Cultura e Archivio Aurunco (Itália), Centro de Música Tradicional da Estónia (Estónia), Departamento Social de Cyclades (Grécia) e Fira Mediterrània de Manresa (Espanha). Até Abril de 2015, o projecto FolkMus reúne jovens músicos emergentes de cada país participante, que trabalharão em residência artística sobre as diversas tradições culturais e musicais que compõem a matriz europeia, partilhando a paixão pelas músicas étnicas e o interesse em encontrar pontos comuns entre as suas tradições ancestrais. Neste ciclo que agora se inicia, os músicos cruzaram melodias representativas das suas tradições, revitalizando a memória cultural e os instrumentos tradicionais para os tempos actuais, em forma de orquestra multicultural.

Num intercâmbio de ideias e vivências, o repertório musical a ser desenvolvido ficará plasmado numa edição discográfica, assim como será apresentado em festivais e centros culturais em Itália, Grécia, Espanha e Portugal durante os próximos dois anos, além da prevista estreia na Estónia. O próximo encontro, a realizar-se no mês de Novembro, será promovido pela d'Orfeu, em Águeda, no âmbito do 17º OuTonalidades - circuito português de música ao vivo. Toda a informação sobre "FolkMus" pode ser consultada no sítio http://www.folkmusicproject.eu.

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Representação portuguesa no seminário europeu "Musication"

d’Orfeu levou os seus parceiros estratégicos a Burgos (Espanha)
Representação regional no projecto europeu Musication!

A d'Orfeu fez-se representar no 4º seminário internacional "Musication", que decorreu na cidade espanhola de Burgos, de 13 a 16 de Maio, após o encontro em Águeda de Outubro passado. A associação aguedense, no âmbito das suas parcerias regionais, convidou para esta representação os programadores e parceiros Edson Santos (CM Águeda), Isabel Pinto (Cineteatro Alba), Fátima Alçada (Cine-Teatro de Estarreja), Pedro Fernandes (Aveiro Expo/Teatro Aveirense) e os músico-educadores Zétó Rodrigues (Oficina da Música de Aveiro) e João Pratas (Sabão Macaco), como importante contributo ao intercâmbio de ideias, através da sua experiência profissional.

Promovido pela Live-DMA, rede europeia fundada pela d'Orfeu (Portugal) juntamente com as congéneres ACCES (Espanha), La Fédurok (França), Clubcircuit e Club Plasma (Bélgica), VNPF (Holanda) e Spillesteder (Dinamarca), o encontro de Burgos congregou uma trintena de participantes, entre promotores, artistas e educadores dos vários países, que aprofundaram a reflexão europeia sobre o papel recíproco entre Música e Educação, com o desenvolvimento de um kit europeu para o apoio à formação de grupos e bandas de jovens músicos. O projecto global assenta no objectivo de reflectir sobre as diferentes práticas do ensino da música e a partilha de experiências no espaço europeu, estando a chegar à recta final, após as reuniões já realizadas na Bélgica, Holanda e Portugal, faltando ainda um encontro final em França, no próximo mês de Julho. Toda a informação sobre "Musication" pode ser consultada no blog http://musicationproject.wordpress.com.

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Musication trouxe discussão internacional a Águeda

 
Vinte participantes de Espanha, França, Bélgica e Holanda
d’Orfeu acolheu projecto europeu “Musication” em Águeda

Águeda acaba de acolher o seminário internacional "Musication" por intermédio da d'Orfeu, única associação portuguesa a integrar a rede europeia de difusão de música Live-DMA, com as congéneres ACCES (Espanha), La Fédurok (França), Clubcircuit e Club Plasma (Bélgica), VNPF (Holanda) e Spillesteder (Dinamarca). Uma vintena de participantes, entre promotores culturais, artistas e educadores, deram mais um impulso à discussão europeia sobre o papel recíproco entre Música e Educação. 

Com o objectivo de reflectir sobre as diferentes práticas do ensino da música e a partilha de experiências entre os vários países participantes, a associação aguedense encontra-se activamente envolvida neste projecto europeu, com o objectivo de aprofundar e consolidar a sua actividade cultural e formativa. Durante este segundo encontro do projecto, cuja primeira reunião foi na Bélgica (passará ainda pela Holanda, Espanha e França), abordaram-se distintos temas relacionados com o ensino e prática musical: desde a noção de acompanhamento musical até à captação de público, passando pelas diversas formas de pedagogia musical. Este intercâmbio de ideias e de experiências é uma mais-valia ao conhecimento técnico e saber fazer da d'Orfeu, que permitirá alargar os seus horizontes cognitivos e associativos, habitualmente à disposição da população, em prol do dinamismo cultural da cidade e da região.

quinta-feira, 13 de setembro de 2012

Moldávia e Turquia ouviram os Toques do Caramulo!

Digressão passou por Portugal, Espanha, Moldávia e Turquia!   
“Toques do Caramulo” levaram a sua música a novas geografias!


A música serrana dos Toques do Caramulo teve várias internacionalizações nas últimas semanas: depois do regresso de Espanha, onde actuou em Toledo no Festival Danzas Sin Fronteras, o colectivo aguedense viajou e tocou a 26 de Agosto em Orheiul Vechi (Moldávia) e a 1 Setembro em Karakeçili (Turquia), em festivais locais com grande expressão.

Na Moldávia, num cenário natural imponente, ao concerto dos Toques do Caramulo no Festival Gustar assistiram cerca de 6000 pessoas. Mesmo apresentando-se em formação reduzida, o impacto do concerto fez-se sentir no recinto, com a música portuguesa e a interacção a fazerem vibrar verdadeiramente o público. Na Turquia, a experiência do fascínio perante uma proposta cultural distante repetiu-se perante o público de Karakeçili. A missão artística dos Toques começou com uma actuação informal e partilha com músicos locais, na véspera do concerto. Depois, durante o festival internacional de cultura daquela pequena cidade turca, o palco foi português e o público não regateou aplausos. Além dos concertos, ambas as experiências culturais foram marcas importantes da passagem, por aquelas paragens, de um fruto criativo da d’Orfeu.

Também em Portugal, Agosto foi sinónimo de palcos importantes para os Toques, que actuaram no 13º Festival Intercéltico de Sendim, no Andanças 24h em Celorico da Beira, e no festival Entre Margens no Teatro Municipal de Vila Real. O Toques do Caramulo regressam à estrada em Novembro, para um concerto em Pontevedra, na Galiza.

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Navegar é preciso, viver não é preciso!

MEMORANDO DO PÉRIPLO DE PROSPECÇÃO CULTURAL NO BRASIL
Luís Fernandes / d’Orfeu Associação Cultural
22 Novembro a 13 Dezembro 2010
apoio: Organização dos Estados Iberoamericanos

minha mesa de trabalho na d’Orfeu, como a deixei à partida


ESCALA 1 _ CURITIBA (PARANÁ)

Na capital do Paraná, esta primeira semana do périplo reflectiu-se numa ronda de reuniões e conversas com instituições, artistas, produtores, para além de assistir também a um ou outro espectáculo. Com a Olaria e a sua dinamizadora Lia Marchi - parceira d’Orfeu de longa data - como pivot das oportunidades de contactos, os encontros sucederam-se:
  • com Janete Andrade (programadora), da Fundação Cultural de Curitiba, na própria fundação que dirige, onde me abriu as portas da Capela Santa Maria, espaço outrora de oração agora transfigurado em auditório. Pessoa de referência para as pontes que queremos fazer.
  • com Sérgio Albach (director da Orquestra à Base de Sopro) e João Egashira (director da Orquestra à Base de Corda), do Conservatório de MPB, o primeiro num fim de ensaio, o segundo num fim de concerto. Os fins das coisas são sempre mais descontraídos.
  • com Hermeto Pascoal e Aline Morena (músicos), visita de cortesia em que senti como a d’Orfeu, para os que lá passam, não se esgota num concerto ou tournée. Depois de me ter dado a receita de como se faz o Som da Aura, estou em pulgas para as suas boas-vontades criativas com uma gravação que lhe deixei.
  • com Clodoaldo Costa (produtor), da Banalíssima Arte (indicado pelo pessoal do Tangos & Tragédias aquando da recente passagem pelo Festival O Gesto Orelhudo, há menos de dois meses atrás), que poderá ser providencial para futuras oportunidades de circulação no Brasil. Boa conversa ao sabor de um açaí.
  • com Robert Amorim ‘Beto Batata’ (empresário e promotor cultural). Beto Batata é um restaurante muito popular, tal como o proprietário, um melómano das artes, que faz do restaurante um autêntico centro cultural, promovendo continuamente artistas, projectos, exposições e edições. A casa tem um único prato na ementa: batata suíça, um preparado de batata que é cozinhado em frigideiras, ficando com forma tipo ‘omelete’, tendo várias opções de recheio. Empanturra qualquer um, eu não consegui acabar a minha. Já a opção de programa cultural é bem mais abrangente: além de exposições de arte permanentes e lojinha com as múltiplas edições (livros, discos, DVD, postais) de artistas patrocinados pelo Beto Batata, ao fim-de-semana chega a haver música ao vivo em quatro salas distintas do restaurante/complexo em simultâneo. Um espantoso lugar.
Desta primeira escala, Curitiba, senti possibilidades concretas de cooperação futura, mas temos agora que conseguir juntar duas pontas. Do lado brasileiro, entusiasmarem-se com uma participação artística lusa na 30ª edição da Oficina de Música de Curitiba, em Janeiro 2012. Do lado português, não se deixar passar em claro, junto das instituições, o anunciado facto de 2012 ser o Ano de Portugal no Brasil. Fiquei refém desta missão.

Em Curitiba, vi ainda a estreia do novo espectáculo da Companhia dos Palhaços, malta muito prendada para a musicomédia. E conheci, via DVD por gentileza do seu maestro, Milton Karam, o Coral Brasileirinho.

Saí também de Curitiba em direcção do mar, para uma jornada que se revelou especial na Ilha dos Valadares (ao largo da cidade portuária de Paranaguá), onde mergulhei na profunda vivência do Fandango daquela região litoral do Paraná. Essa volta levou-me, entre muitos, ao
tocador de rabeca Pedro Pereira, à Associação Mandicuera e à inauguração da exposição de instrumentos musicais do fandango (rabeca e viola caiçara).

Pedro Pereira, tocador de rabeca, no seu boteco na Ilha dos Valadares

a Associação Mandicuera mantém vivas as tradições da ilha – grande trabalho, ‘Poro’!

eu a t(r)ocar viola caiçara com os fandangueiros em Paranaguá


ESCALA 2 _ SALVADOR (BAHIA)

Salvador tem um centro histórico de uma carregadíssima influência portuguesa, nas praças e edifícios, mas especialmente nas igrejas (há 365 igrejas na capital da Bahia, uma para cada dia do ano). Além disso, em Salvador, um aguedense está quase na terrinha: também há Praia da Barra e, melhor, Farol da Barra!

O Mercado Cultural da Bahia tem palco principal no Teatro Castro Alves, cujo principal auditório de 1437 lugares acolheu os maiores concertos (nomes como o enorme Egberto Gismonti marcaram o programa, ainda que o cartaz tivesse escala planetária, com grupos de Espanha – o Coetus, com o nosso conhecido Eliseo Parra -, Coreia do Sul, Marrocos, Cabo Verde – a emergente Carmen Souza – e Áustria).

o Teatro Castro Alves à pinha, no Mercado Cultural da Bahia

Apercebi-me da realização prévia de uma caravana artística do Mercado por pequenas cidades do interior da Bahia, com as comitivas dos grupos estrangeiros que viriam a fazer parte do programa oficial em Salvador. Com pena, só percebi a verdadeira dimensão dessa fascinante parte do programa, já em Salvador, pelos relatos chegados.

Das três componentes habituais das feiras de música, o Mercado Cultural da Bahia foca pouco ou quase nada a componente de exposição. Antes privilegia os concertos e as mesas-redondas. Os contactos entre profissionais ficam ao sabor do encontro informal durante e entre as actividades e os concertos. No Mercado da Bahia vi repetir-se a sensação de como, neste meio, recorrentemente encontramos as mesmas pessoas, os mesmos profissionais (algumas mesmas caras que na Womex, no Babel, no Mercat Vic e por aí fora). Só não contava que, noutra latitude, fosse tão marcante esse padrão. Afinal, estamos a falar de gente que percebe que não pode não estar em todas. Rendo-me às evidências do ‘negócio’ música. Só não acrescento nenhuma convicção às que já tinha.

Foi em Salvador, numa mesa-redonda (por sinal, rectangular), que tirei o raio-x à geografia de Feiras e Mercados em território brasileiro, a saber:
A 4 Dezembro, em Salvador, estive também em Águeda via telefone, nos 15 anos da d’Orfeu. Tive que compensar a ausência no porco-no-espeto com ementas locais: acarajé, moqueca de camarão, queijo coalho assado na brasa, etc e tal.


ESCALA 3 _ BELO HORIZONTE (MINAS GERAIS)

BH é uma cidade mais actual, digamos assim, soa mais a europeia. Na arquitectura não tão antiga, nas ruas, prédios e avenidas, na vivência urbana. Foi a primeira impressão, que fui podendo depois comprovar.

A Feira Música Brasil é um super-evento de encher o olho, com uma máquina institucional e promocional que, me parece, dispôs de meios invejáveis. Explicável talvez por ser uma iniciativa do próprio Ministério da Cultura brasileiro, operacionalizada pela Funarte, com direito a Ministro na cerimónia de abertura. E a ex-Ministro no palco principal: na primeira noite, entre muitos outros, um fabuloso concerto de Gilberto Gil.

Mas, de tudo o que me passou pelos olhos e ouvidos, muitos novos nomes me entraram na memória futura (pelo potencial de os programar um dia qualquer ou por, simplesmente, terem caído no meu goto melómano). E lanço já aqui o directório desses nomes todos, juntando Curitiba, Salvador e BH, dos programas oficiais ou dos outros. São eles, a minha selecção brasileira destas três semanas:
  • Julião Boêmio
  • DJ Tudo e sua Gente de Todo Lugar
  • Titane
  • Breculê
  • Renata Rosa
  • Uakti
  • Quarteto Olinda
  • António de Pádua
  • Renegado
  • Leandro Valentin
  • Pato-Fu
Uns ouvi, outros conheci, outros ouvi falar, outros esbarrei com eles, outros impingiram-me (eu também me fartei de impingir, não seja por isso!). Mesmo que fosse para conhecer pela internet, há coisas a que só cheguei estando no Brasil, quem diria? Por estar perto dos zunzuns locais, por ver um cartaz na rua, por apanhar um comentário, por se sentir no ar.


A FMB, que a cada ano tem lugar numa capital de Estado diferente (em 2009 foi no Recife, agora em BH), só apresenta grupos e artistas brasileiros, portanto é uma montra deliberada para programador estrangeiro ver. E estavam muitos, representando os principais festivais da Europa e Américas – vários, bastantes até, a fazer a dupla escala Salvador / Belo Horizonte, como eu. E, além dos concertos e conferências, uma tónica muito forte nos encontros de negócios. Um salão repleto de mesas com pré-inscrições e agenda marcada, lembrando um qualquer campeonato de xadrez mas com corropio de bolsa de valores, para agentes ou artistas terem os seus cinco minutos de tempo de antena junto dos principais programadores.


Senti na FMB a impotência pela ausência lusa de políticas de exportação cultural, de organismos de promoção exterior, de linhas de apoio à circulação internacional. Chega a ser inglório, isoladamente, competir por um espaço de interlocução e colocação do nosso produto artístico no Brasil ou onde quer que seja, entre tubarões, leia-se países (ou regiões), que suportam
à cabeça a mobilidade dos artistas, chegando em alguns casos a pagar para garantir o maior contingente artístico possível neste tipo de certames. Só para contexto, com uma estratégia representativa, os nosso vizinhos galegos apresentaram-se em BH com uma comitiva de cerca de quinze pessoas, liderada pela AGADIC, com uma agenda quase diplomática de reuniões e, como já é hábito, munidos do habitual merchandising promocional de música galega com que nos presenteiam na maioria das feiras internacionais. Se para o Luís Fernandes, programador da d’Orfeu, a colheita é certa – tem-se acesso a exponencialmente mais oferta que a nossa própria procura -, já como artista ‘vendedor’ e português, ali na Feira Música Brasil fui só um reles navegador de nau catrineta. Este assunto é tema a expurgar, com a brevidade possível, junto dos responsáveis ministeriais ‘lá da terrinha’, como chamam, não sei se carinhosamente, os brasucas ao país colonizador.

Mas a oportunidade que a OEI - Organização dos Estados Iberoamericanos nos concedeu é extraordinária. O potencial de partilha deste périplo brasileiro, para o trabalho em rede que a d’Orfeu procura desenvolver, é enorme. Três semanas de prospecção abriram não mais que brechas, mas que agora, com trabalho de sapa durante o resto do ano, se podem transformar em portas a ranger, sim, mas a abrir. É difícil, pois o Brasil não tem a mesma predisposição cultural para Portugal como nós temos para tudo o que vem do Brasil, mas a semente foi lançada. Acreditemos na profecia cantada por Chico Buarque sobre a lusitanidade das terras de Vera Cruz:

Esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

Por fim, uma palavra para o mais estupendo património que aqui deixámos: uma língua comum. Parei na rua para pensar nisso e o efeito dessa tomada de consciência é esmagador. Ainda que no Brasil de hoje, em que as novas gerações já não têm contacto geracional com pais, tios ou avós de ascendência lusa, o nosso português de Portugal chegue quase a ser, por vezes, uma língua estrangeira... Oi? Quê?!

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

d’Orfeu em prospecção cultural na América Latina

A Organização dos Estados Ibero-americanos para Cultura (OEI), com sede em Madrid, seleccionou o português Luís Fernandes, programador cultural da d’Orfeu (Águeda), para uma missão de prospecção em festivais e feiras de música no Brasil. O périplo, que inclui paragens em Curitiba, Salvador e Belo Horizonte, inicia já a 22 de Novembro e prolonga-se até 13 de Dezembro próximo, através do programa de mobilidade da OEI para profissionais da cultura, cujo objectivo é alargar as possibilidades de cooperação entre instituições culturais da Península Ibérica com todos os países da América Latina.

A agenda de oportunidades de prospecção cultural da d’Orfeu, apesar de intensa, tem-se limitado quase exclusivamente ao continente europeu, correndo as principais feiras e mercados dedicados à música e às artes em países como Espanha, Dinamarca, República Checa ou França. Contudo, no âmbito da forte programação de músicas do mundo por parte da Associação, nomeadamente para o Festim (festival inter-municipal que decorre anualmente em Águeda, Sever do Vouga, Estarreja, Ovar e Albergaria-a-Velha), as relações de contratação e intercâmbio da d’Orfeu são à escala planetária.

Nesta providencial oportunidade de diversificar mercados, com o apoio da Organização dos Estados Ibero-Americanos e através do programador Luís Fernandes, a d’Orfeu vai marcar presença em duas das mais importantes feiras culturais da América do Sul: o Mercado Cultural da Bahia (em Salvador) e a Feira Música Brasil (em Belo Horizonte). O roteiro inclui ainda Curitiba como importante ponto de contacto, em reciprocidade à cooperação estabelecida com a Olaria - Projectos de Arte e Educação (entidade parceira da d’Orfeu, cujas acções conjuntas vêm sendo desenvolvidas em território português há vários anos), para uma agenda de encontros com diversas estruturas artísticas daquela cidade brasileira.

Os indicadores de êxito desta prospecção serão avaliados pela OEI a partir, por um lado, do incremento de grupos e artistas provenientes da América Latina nas futuras programações dos eventos d’Orfeu e, por outro, com a abertura de canais de circulação de grupos e artistas portugueses em território latino-americano, tendo em conta que a d’Orfeu é também uma estrutura de criação artística com potencial de internacionalização.