quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

OuTonalidades: circuito cumpriu roteiro luso-galaico e terminou a sul!

Epopeia itinerante do 14º OuTonalidades chegou ao fim após 68 concertos de 25 grupos em 22 espaços de música ao vivo!

A comitiva da d’Orfeu em Santo Estêvão, no Algarve, ponto mais a sul do 14º OuTonalidades.

Em Santo Estêvão (Tavira), ponto mais a sul de todo o circuito, foi um espectáculo da associação organizadora, “Toques do Caramulo”, que encerrou a 14ª edição do "OuTonalidades - circuito português de música ao vivo”. O evento começou a 22 de Setembro na Corunha e apresentou uma impressionante agenda de música ao vivo até 18 de Dezembro, num roteiro que se estendeu da Galiza ao Algarve.

Neste último fim-de-semana, além da Casa do Povo de Santo Estêvão, espaço onde o circuito pegou de estaca nas últimas edições, o OuTonalidades teve concertos em Lisboa (Toques do Caramulo, na véspera de descer ao Algarve) e em Tondela e no Fundão (com o projecto do guitarrista Marcos Teira, um dos vários grupos galegos desta edição). O poder de intervenção cultural deste circuito assume uma importância cultural decisiva em muitos destes locais e cria importantes oportunidades de circulação para os grupos envolvidos.

O êxito do OuTonalidades vem resultando, incontornavelmente, do inédito intercâmbio luso-galaico resultante da parceria do circuito português com a Rede Galega de Música ao Vivo, criando-se um roteiro único de espaços e grupos portugueses e galegos. Foram muitas as noites memoráveis desta edição, foram muitos os quilómetros percorridos pelos grupos, e foram muitas as centenas de espectadores deste grande palco chamado OuTonalidades, à 14ª edição.

Os Municípios de Águeda, Estarreja, Ovar e Tavira apoiaram oficialmente o 14º OuTonalidades, além do Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes e de vários outros organismos. Na Galiza, a AGADIC e a Clubtura são os parceiros oficiais do OuTonalidades. O circuito foi coordenado, como desde sempre e a partir de Águeda, pela d’Orfeu Associação Cultural.

Muito em breve, durante o primeiro trimestre de 2011, abrirá o período de inscrições de grupos para a 15ª edição.

14º OuTonalidades – circuito português de música ao vivo

sábado, 18 de dezembro de 2010

Os 15 anos da d’Orfeu nos escaparates!

Apresentação na Fnac Vasco da Gama | foto © Filipe Vidal

"Contexto e Significado" apresentado
nas lojas FNAC de todo o país!



Após o lançamento em Águeda a 4 de Dezembro, o livro-filme "Contexto e Significado" - edição que assinala os 15 anos da d’Orfeu Associação Cultural - será apresentado além das margens do Botaréu, um pouco por toda a geografia nacional, nas lojas FNAC. A primeira apresentação decorreu já no passado domingo, 12 Dezembro, na FNAC Vasco da Gama, em Lisboa, com a presença dos autores António Pires e Tiago Pereira.

Nas suas intervenções, o jornalista António Pires e o visualista Tiago Pereira partilharam com o público o conceito e o processo criativo das suas obras, aguçando o apetite dos presentes para “Contexto e Significado” e também para o fenómeno cultural interpretado pela associação de Águeda. Ouviram-se ainda algumas passagens do audio-livro de “Contexto”, terminando a sessão com a projecção de um excerto do filme "Significado". Esta edição comemorativa dos 15 anos da d'Orfeu Associação Cultural, que assinala igualmente a estreia do selo editorial d'Eurídice, continuará a ser apresentada pelo país:

16 de Janeiro - FNAC Mar Shopping, Matosinhos (17h00)
28 de Janeiro - FNAC Guimarães (22h00)
29 de Janeiro - FNAC Coimbra (17h00) e FNAC Leiria (21h30)
30 de Janeiro - FNAC Viseu (17h00)
2 de Fevereiro - FNAC Chiado (18h30) e FNAC Colombo (21h30)
6 de Fevereiro - FNAC Braga (17h00)

“Contexto e Significado" encontra-se já à venda nas principais lojas FNAC do país, mas encontra-se igualmente em várias associações parceiras da d’Orfeu: na ACERT (Tondela), no Contagiarte (Porto), na Oficina de Música de Aveiro, na Discoteca Wah-wah do Mercado Negro (Aveiro), na Tradballs (Lisboa) e na PédeXumbo (Évora). Está também à venda directamente na d’Orfeu e através da web da Associação. Para mais informações, contactar 234603164 ou dorfeu@dorfeu.pt.



terça-feira, 14 de dezembro de 2010

Navegar é preciso, viver não é preciso!

MEMORANDO DO PÉRIPLO DE PROSPECÇÃO CULTURAL NO BRASIL
Luís Fernandes / d’Orfeu Associação Cultural
22 Novembro a 13 Dezembro 2010
apoio: Organização dos Estados Iberoamericanos

minha mesa de trabalho na d’Orfeu, como a deixei à partida


ESCALA 1 _ CURITIBA (PARANÁ)

Na capital do Paraná, esta primeira semana do périplo reflectiu-se numa ronda de reuniões e conversas com instituições, artistas, produtores, para além de assistir também a um ou outro espectáculo. Com a Olaria e a sua dinamizadora Lia Marchi - parceira d’Orfeu de longa data - como pivot das oportunidades de contactos, os encontros sucederam-se:
  • com Janete Andrade (programadora), da Fundação Cultural de Curitiba, na própria fundação que dirige, onde me abriu as portas da Capela Santa Maria, espaço outrora de oração agora transfigurado em auditório. Pessoa de referência para as pontes que queremos fazer.
  • com Sérgio Albach (director da Orquestra à Base de Sopro) e João Egashira (director da Orquestra à Base de Corda), do Conservatório de MPB, o primeiro num fim de ensaio, o segundo num fim de concerto. Os fins das coisas são sempre mais descontraídos.
  • com Hermeto Pascoal e Aline Morena (músicos), visita de cortesia em que senti como a d’Orfeu, para os que lá passam, não se esgota num concerto ou tournée. Depois de me ter dado a receita de como se faz o Som da Aura, estou em pulgas para as suas boas-vontades criativas com uma gravação que lhe deixei.
  • com Clodoaldo Costa (produtor), da Banalíssima Arte (indicado pelo pessoal do Tangos & Tragédias aquando da recente passagem pelo Festival O Gesto Orelhudo, há menos de dois meses atrás), que poderá ser providencial para futuras oportunidades de circulação no Brasil. Boa conversa ao sabor de um açaí.
  • com Robert Amorim ‘Beto Batata’ (empresário e promotor cultural). Beto Batata é um restaurante muito popular, tal como o proprietário, um melómano das artes, que faz do restaurante um autêntico centro cultural, promovendo continuamente artistas, projectos, exposições e edições. A casa tem um único prato na ementa: batata suíça, um preparado de batata que é cozinhado em frigideiras, ficando com forma tipo ‘omelete’, tendo várias opções de recheio. Empanturra qualquer um, eu não consegui acabar a minha. Já a opção de programa cultural é bem mais abrangente: além de exposições de arte permanentes e lojinha com as múltiplas edições (livros, discos, DVD, postais) de artistas patrocinados pelo Beto Batata, ao fim-de-semana chega a haver música ao vivo em quatro salas distintas do restaurante/complexo em simultâneo. Um espantoso lugar.
Desta primeira escala, Curitiba, senti possibilidades concretas de cooperação futura, mas temos agora que conseguir juntar duas pontas. Do lado brasileiro, entusiasmarem-se com uma participação artística lusa na 30ª edição da Oficina de Música de Curitiba, em Janeiro 2012. Do lado português, não se deixar passar em claro, junto das instituições, o anunciado facto de 2012 ser o Ano de Portugal no Brasil. Fiquei refém desta missão.

Em Curitiba, vi ainda a estreia do novo espectáculo da Companhia dos Palhaços, malta muito prendada para a musicomédia. E conheci, via DVD por gentileza do seu maestro, Milton Karam, o Coral Brasileirinho.

Saí também de Curitiba em direcção do mar, para uma jornada que se revelou especial na Ilha dos Valadares (ao largo da cidade portuária de Paranaguá), onde mergulhei na profunda vivência do Fandango daquela região litoral do Paraná. Essa volta levou-me, entre muitos, ao
tocador de rabeca Pedro Pereira, à Associação Mandicuera e à inauguração da exposição de instrumentos musicais do fandango (rabeca e viola caiçara).

Pedro Pereira, tocador de rabeca, no seu boteco na Ilha dos Valadares

a Associação Mandicuera mantém vivas as tradições da ilha – grande trabalho, ‘Poro’!

eu a t(r)ocar viola caiçara com os fandangueiros em Paranaguá


ESCALA 2 _ SALVADOR (BAHIA)

Salvador tem um centro histórico de uma carregadíssima influência portuguesa, nas praças e edifícios, mas especialmente nas igrejas (há 365 igrejas na capital da Bahia, uma para cada dia do ano). Além disso, em Salvador, um aguedense está quase na terrinha: também há Praia da Barra e, melhor, Farol da Barra!

O Mercado Cultural da Bahia tem palco principal no Teatro Castro Alves, cujo principal auditório de 1437 lugares acolheu os maiores concertos (nomes como o enorme Egberto Gismonti marcaram o programa, ainda que o cartaz tivesse escala planetária, com grupos de Espanha – o Coetus, com o nosso conhecido Eliseo Parra -, Coreia do Sul, Marrocos, Cabo Verde – a emergente Carmen Souza – e Áustria).

o Teatro Castro Alves à pinha, no Mercado Cultural da Bahia

Apercebi-me da realização prévia de uma caravana artística do Mercado por pequenas cidades do interior da Bahia, com as comitivas dos grupos estrangeiros que viriam a fazer parte do programa oficial em Salvador. Com pena, só percebi a verdadeira dimensão dessa fascinante parte do programa, já em Salvador, pelos relatos chegados.

Das três componentes habituais das feiras de música, o Mercado Cultural da Bahia foca pouco ou quase nada a componente de exposição. Antes privilegia os concertos e as mesas-redondas. Os contactos entre profissionais ficam ao sabor do encontro informal durante e entre as actividades e os concertos. No Mercado da Bahia vi repetir-se a sensação de como, neste meio, recorrentemente encontramos as mesmas pessoas, os mesmos profissionais (algumas mesmas caras que na Womex, no Babel, no Mercat Vic e por aí fora). Só não contava que, noutra latitude, fosse tão marcante esse padrão. Afinal, estamos a falar de gente que percebe que não pode não estar em todas. Rendo-me às evidências do ‘negócio’ música. Só não acrescento nenhuma convicção às que já tinha.

Foi em Salvador, numa mesa-redonda (por sinal, rectangular), que tirei o raio-x à geografia de Feiras e Mercados em território brasileiro, a saber:
A 4 Dezembro, em Salvador, estive também em Águeda via telefone, nos 15 anos da d’Orfeu. Tive que compensar a ausência no porco-no-espeto com ementas locais: acarajé, moqueca de camarão, queijo coalho assado na brasa, etc e tal.


ESCALA 3 _ BELO HORIZONTE (MINAS GERAIS)

BH é uma cidade mais actual, digamos assim, soa mais a europeia. Na arquitectura não tão antiga, nas ruas, prédios e avenidas, na vivência urbana. Foi a primeira impressão, que fui podendo depois comprovar.

A Feira Música Brasil é um super-evento de encher o olho, com uma máquina institucional e promocional que, me parece, dispôs de meios invejáveis. Explicável talvez por ser uma iniciativa do próprio Ministério da Cultura brasileiro, operacionalizada pela Funarte, com direito a Ministro na cerimónia de abertura. E a ex-Ministro no palco principal: na primeira noite, entre muitos outros, um fabuloso concerto de Gilberto Gil.

Mas, de tudo o que me passou pelos olhos e ouvidos, muitos novos nomes me entraram na memória futura (pelo potencial de os programar um dia qualquer ou por, simplesmente, terem caído no meu goto melómano). E lanço já aqui o directório desses nomes todos, juntando Curitiba, Salvador e BH, dos programas oficiais ou dos outros. São eles, a minha selecção brasileira destas três semanas:
  • Julião Boêmio
  • DJ Tudo e sua Gente de Todo Lugar
  • Titane
  • Breculê
  • Renata Rosa
  • Uakti
  • Quarteto Olinda
  • António de Pádua
  • Renegado
  • Leandro Valentin
  • Pato-Fu
Uns ouvi, outros conheci, outros ouvi falar, outros esbarrei com eles, outros impingiram-me (eu também me fartei de impingir, não seja por isso!). Mesmo que fosse para conhecer pela internet, há coisas a que só cheguei estando no Brasil, quem diria? Por estar perto dos zunzuns locais, por ver um cartaz na rua, por apanhar um comentário, por se sentir no ar.


A FMB, que a cada ano tem lugar numa capital de Estado diferente (em 2009 foi no Recife, agora em BH), só apresenta grupos e artistas brasileiros, portanto é uma montra deliberada para programador estrangeiro ver. E estavam muitos, representando os principais festivais da Europa e Américas – vários, bastantes até, a fazer a dupla escala Salvador / Belo Horizonte, como eu. E, além dos concertos e conferências, uma tónica muito forte nos encontros de negócios. Um salão repleto de mesas com pré-inscrições e agenda marcada, lembrando um qualquer campeonato de xadrez mas com corropio de bolsa de valores, para agentes ou artistas terem os seus cinco minutos de tempo de antena junto dos principais programadores.


Senti na FMB a impotência pela ausência lusa de políticas de exportação cultural, de organismos de promoção exterior, de linhas de apoio à circulação internacional. Chega a ser inglório, isoladamente, competir por um espaço de interlocução e colocação do nosso produto artístico no Brasil ou onde quer que seja, entre tubarões, leia-se países (ou regiões), que suportam
à cabeça a mobilidade dos artistas, chegando em alguns casos a pagar para garantir o maior contingente artístico possível neste tipo de certames. Só para contexto, com uma estratégia representativa, os nosso vizinhos galegos apresentaram-se em BH com uma comitiva de cerca de quinze pessoas, liderada pela AGADIC, com uma agenda quase diplomática de reuniões e, como já é hábito, munidos do habitual merchandising promocional de música galega com que nos presenteiam na maioria das feiras internacionais. Se para o Luís Fernandes, programador da d’Orfeu, a colheita é certa – tem-se acesso a exponencialmente mais oferta que a nossa própria procura -, já como artista ‘vendedor’ e português, ali na Feira Música Brasil fui só um reles navegador de nau catrineta. Este assunto é tema a expurgar, com a brevidade possível, junto dos responsáveis ministeriais ‘lá da terrinha’, como chamam, não sei se carinhosamente, os brasucas ao país colonizador.

Mas a oportunidade que a OEI - Organização dos Estados Iberoamericanos nos concedeu é extraordinária. O potencial de partilha deste périplo brasileiro, para o trabalho em rede que a d’Orfeu procura desenvolver, é enorme. Três semanas de prospecção abriram não mais que brechas, mas que agora, com trabalho de sapa durante o resto do ano, se podem transformar em portas a ranger, sim, mas a abrir. É difícil, pois o Brasil não tem a mesma predisposição cultural para Portugal como nós temos para tudo o que vem do Brasil, mas a semente foi lançada. Acreditemos na profecia cantada por Chico Buarque sobre a lusitanidade das terras de Vera Cruz:

Esta terra ainda vai cumprir seu ideal
Ainda vai tornar-se um imenso Portugal

Por fim, uma palavra para o mais estupendo património que aqui deixámos: uma língua comum. Parei na rua para pensar nisso e o efeito dessa tomada de consciência é esmagador. Ainda que no Brasil de hoje, em que as novas gerações já não têm contacto geracional com pais, tios ou avós de ascendência lusa, o nosso português de Portugal chegue quase a ser, por vezes, uma língua estrangeira... Oi? Quê?!

sábado, 4 de dezembro de 2010

Discurso 15 anos d'Orfeu - por Odete Ferreira

foto © Mário Abreu

Quinze anos já cá cantam.
Disse Luís Fernandes, Coordenador Geral da d’Orfeu.
Hoje, temos a certeza que os quinze anos da d’Orfeu cantam também no Brasil, onde se encontra este nosso timoneiro e garimpeiro, com apoio da Organização dos Estados Iberoamericanos para a Cultura, em trabalho cultural intenso, em prospecção de talentos que a d’Orfeu há-de divulgar.
Depois de ter participado na Aula Grátis Semanal da d’Orfeu e à pergunta “Gostaste da tua experiência na d’Orfeu”, Manon Martins Clemente, de sorriso à flor da pele, um dente adulto ainda por nascer, respondeu assim: “Gostei muito da maneira descontraída de ensinar dos professores, sobretudo porque falávamos de muitas coisas, muitos instrumentos novos, sons e músicas diferentes daquilo que aprendo na escola.

A menina desenhou assim a alma da d’Orfeu com tintas de infância, aguarelas de sons, de música, da diferença. Pressentiu-nos. Desenhou-nos. Obrigada, Manon!

Quinze anos é pouco tempo. São anos de Ingenuidade. Encantamento. Entrega. Risco. Luta. Paixão. Renovação. Nunca, nunca ociosidade.
Nesta década e meia, andarilhámos por aí, em todo o ar que nos levasse, num corrupio de leva e traz. Trouxemos nomes de quase todo o mundo. Levámos Águeda a sítios nunca sonhados pelos nossos fundadores. Formámos, criámos, divulgámos, inovámos, associámo-nos, fizemos parcerias, fidelizámos públicos, recriámos tradições, contextualizámo-las na contemporaneidade, numa filosofia de primado da arte sobre o entretenimento descartável, visando a aquisição de hábitos culturais, recusando o consumo imediato e a estatística ocasional.
Somos adolescentes? Pois que sejamos! A adolescência é a única idade de uma associação cultural.
António Pires, o escritor do “Contexto”, escreveu a história da alma da d’Orfeu, dos seus afectos, relatou o quase inenarrável e só um artista da palavra poderia tê-lo feito. Tiago Pereira, o visualista de "Significado", apontou a modernidade, assente nas raízes, como a essência da d’Orfeu.
Eu também não estou aqui para inventariar e catalogar factos da vida da d’Orfeu, mas há referências incontornáveis, na história desta Associação Cultural.
As nove edições do Festival “O Gesto Orelhudo” têm vindo a mostrar muito do que, transdisciplinarmente, se faz, no mundo, no âmbito das artes de palco.
As catorze edições do “Outonalidades” – circuito português de música ao vivo, têm revelado grupos musicais e promovido a sua circulação, extravasando as fronteiras nacionais, incrementando as trocas culturais entre Portugal e a Galiza, levando a d’Orfeu a, juntamente com várias associações musicais de Espanha, França, Bélgica e Dinamarca, tornar-se membro fundador, da Live DMA, uma plataforma de redes nacionais dedicadas à circulação de música ao vivo de pequeno formato no espaço europeu.
Os festivais de música do Mundo, inicialmente locais, deram lugar a um festival inter-municipal e regional, o Festim, fomentando sinergias e destruindo muros, continuando a revelar outras vertentes da cultura mundial, tão desconhecida pelos meios de divulgação puramente comercial. É conhecendo a música do outro, a sua diferença, que reconhecemos a essência da nossa.
As duas edições do festival i estiveram aí, para maravilhar o público familiar.
Os seminários temáticos anuais da d’Orfeu, com as últimas edições dedicadas ao Associativismo, têm sido o reflexo de uma preocupação constante de actualização, divulgação e troca de experiências, filosofias, caminhos, com vista a um enriquecimento colectivo.
As nossas criações, pontuais ou permanentes, a convite de outros ou por motivação própria, têm sido pontos de referência, e têm proporcionado um intercâmbio de vivências que enriquecem o nosso património de afectos.
Os nossos ciclos experimentais foram descobrindo o talento e trabalho de grupos apontados hoje como referências culturais e desembocaram em realizações, com uma acentuada vertente formativa, no domínio das tecnologias das artes do espectáculo.
A nossa Formação tem produzido e divulgado valores:
. nas artes de espectáculo,
. nas novas tecnologias ligadas às artes de palco, à imagem, informação e divulgação, numa busca constante do novo. Hoje mesmo, aqui e agora, estamos a projectar imagens do nosso site na Web, com estrutura a partir do logótipo da d’Orfeu, adaptação aos novos formatos de visionamento como iphone, ipad e outros suportes informáticos com dimensões reduzidas, e acesso directo a todas as ligações da associação, como facebook, myspaces e blogues.
As nossas co-produções locais, marca indelével da d’Orfeu, de que destacamos os espectáculos inter-associativos “Rio Povo” em 2007, 2008 e “Povo que lavas no rio Águeda” em 2009 e 2010, com a cumplicidade de múltiplas associações e inúmeros artistas locais e nacionais, e as Sextas Culturais de 2008, 2009 e 2010, ciclos agora encerrados para a d’Orfeu, constituem sinergias relevantes para a história cultural da cidade.
A nossa actividade, a nível local, regional, nacional e internacional, está devidamente documentada, na memória física ou informática e na memória humana de todos os que têm rido, questionado, aprendido e convivido com a d’Orfeu. A d’Orfeu tem sido e há-de continuar a ser uma sala de estar para quem quiser festejar a vida.
"Por vezes à noite há um rosto que nos olha do fundo de um espelho.
E a arte deve ser como esse espelho
Que nos mostra o nosso próprio rosto" [ Jorge Luís Borges ]

Ainda ontem, ainda há pouco, que o tempo da memória não se mede por relógios, um menino arquitecto, António Rocha Carneiro, ensinava no quintal, como se dizia” Povo que lavas no rio”, com o rio a ditar por dentro. Ele, o mais infante de todos os d’orfeus.
E um outro, o da palavra circunflexa, com direito a cognomes: Antunes de Almeida, Paixão, Direito e Poesia. Ele a quem os olhos se fizeram chuva, quando a d’Orfeu fez palco em Falgoselhe.
E Arlete Soares da Conceição Fonseca, rica de identidade e de afectos, que guardava a d’Orfeu, letra a letra, para que nenhuma pedra lhe tocasse.
E Rui Aguiar, Senhor da Serra, Ouvidor da Água, Bailador da memória. Apanhador do sexto sentido da terra. Mandador do Cancioneiro.
E Lélia Santiago, a Menina Castanheira, a Adolescente Concertina, a Senhora Directora, a mãe de tanto talento.
E Cristina Moura Coelho, irmã gémea da d’Orfeu a embarcar na mesma Catrineta da aventura, a travestir o tempo de audácia e de loucura.
E José Luís Gonçalves, de Espinhel, a dobrar as palavras com a música, a fazer da vida um constante carreiral de amigos. A Banda Alvarense testemunha.
A d’Orfeu aqui evoca.
Serão sempre amigos d’Orfeu. São também a nossa História. Pertencem à nossa marca. A d’Orfeu não esquece. Só se a neve da serra e o gelo do rio nos congelarem o canto. Ou a palavra. Ou a memória.

E outras histórias se viveram nos nossos milhares de horas.
A mais escondida vive entre uma fachada e um quintal. Ali, na Venda Nova, rua da Murmuração. Não é somente a história de artistas. É a história de gente formigueira, teclas a ditarem letras, números, gráficos, documentos, requerimentos, previsões, planificações, autorizações, concursos, criações, logística, viagens, aeroportos, imagens, cartazes, sonoplastia, luminotecnia, raiders técnicos, Web, circuitos, festivais, seminários. É a história de gente que partilha a arte, mas não vende a alma, de gente que é igual a toda a gente, de gente que procura amigos em vez de senhores, de gente que serve a cultura, que a divulga, que a traz e a leva, à raia, à praia, ao norte, centro e sul, a outros palcos da Europa e a quantos continentes houver.
As pessoas trabalham aqui com muito amor mas também com muito sacrifício, há aqui uma carga desumana de trabalho desde o início. Queremos garantir que as coisas continuem a existir, mas temos a noção clara de que tem que se dosear.
A d’Orfeu é uma nau de gente. Os da Venda Nova são os remadores. São eles que, numa militância muitas vezes inexplicável, constroem, com a sua dedicação, esta paradoxal associação, tão pequena e tão grande, tão reconhecida e tão esquecida, tão rica e tão despojada.
Em 1995, ninguém poderia imaginar um tal percurso. Mas se rebuscarmos as sementes iniciais, detectamos utopias hoje acontecidas. Quinze anos são pouco tempo para tanta lança em África.
Mas há mais histórias na sombra. Das que precisam de rufar, para nos arrombar a indiferença.
Escutem. Orquestra de percussão, com nome de enfeitiçar. Zabumbar. Alunos da Cerciag. Não conhecem? Nos carnavais e outras festas que tais, eles desfilam na avenida. É um tal de ribombar. No quintal da d’Orfeu, também já tiveram estreia. No solstício de Junho. Chegaram. Medo a sair-lhes dos olhos. Nervos a tolher os braços. Até que…
Tum! Um sinal da maestrina e toda a banda se arruma. Tum, tum, e a banda se perfila, e baquetas em ventoinha te, te, te, te, te,te,te, te, te, e agora um baile de baquetas e tambores sem parar tum, te, te, te, te, te, te, tum, tum, tum e agora só tambores a trovejar tumtumtumtumtumtumtumtumtumtumtum, e a mestra sempre a mandar e, depois de uma grande sinfonia de percussão e magia que toda a gente endoidece, agora é para acabar, tum, te, te, te, te, te,te, tum, tum, e novamente baquetas a valsear te,te,te,te, te,te,te,te,te, e Tum, tum, é a banda a perfilar-se e Tum, toa a banda a arrumar-se, à ordem da maestrina, pouco mais que uma menina.
E um clamor de palmas e uma revoada de bravos a trazer o céu aos olhos dos tamborileiros.
E depois destas histórias que ninguém conta em lugar nobre, e que hoje tiveram o seu momento de glória, permitam-me que tenha umas palavras para o futuro da d’Orfeu. Não sou astróloga, nem leio as linhas da mão. Mas sei que o futuro se alicerça no presente. E este é um tempo cheio de sonhos realizados, de reconhecimento institucional, de prémios, de dedicação, de trabalho. Também de algumas pedras no sapato.
Nenhum poeta autêntico (e a expressão é pleonástica), pode aceitar, como regra de jogo, agradar; pelo contrário – disse Eugénio de Andrade.
Mas temos, inegavelmente, um presente cheio de projectos, de ansiedade, com uma equipa dinâmica, criativa e assertiva.
O actual sucesso do projecto d’Orfeu não se consegue por milagre ou mero acaso. É este presente, com provas dadas, que nos faz ter esperança no futuro. A d’Orfeu é uma associação cultural, com espírito empreendedor, com um culto de exigência que nos obriga constantemente a ultrapassar-nos.
Não vivemos num lugar fechado, intocado pelos ventos de um momento crítico. A nossa capacidade de resistir tem sido testada muitas vezes e temos conseguido ultrapassar obstáculos, nunca esmorecendo, nunca olhando o chão. E esta energia, todos sabemos, vem do colectivo. Sem o esforço e o empenhamento da equipa, de sócios, amigos, parceiros, mecenas, entidades institucionais, comunicação social, a d’Orfeu não teria alcançado tão grande reconhecimento. Todos nos temos empenhado e, juntos, temos conseguido respeito e prestígio para a nossa Associação, no país, em Espanha, ali, um pouco mais além, onde também já moramos, onde o nosso nome já se diz em francês, em italiano, em alemão, em servio, polaco, checo, numa torre de babel que temos vindo a escalar.
Em quinze anos, a d’Orfeu já conquistou um espaço único e tem uma história riquíssima. Mas ainda há muito mais para crescer. Perspectiva-se o futuro da associação com «mais solidez e mais qualidade e, obrigatoriamente, melhores condições. E há a necessidade de renovação: renovação de meios, de orgânicas, de conceitos, até de pessoas. Estamos empenhados na criação de condições estruturais e humanas de funcionamento para que continuemos a evoluir. A d'Orfeu conseguiu e conquistou um estatuto que já não pode ser desbaratado». Dizem, magistralmente, Luís Fernandes, esse músico, programador, arquitecto visionário da estrutura d’Orfeu, e António Pires, sonhador incorrigível, esse poeta da diferença, no livro Contexto.
Quinze anos é muito tempo.
Alguém profetizou, utopicamente, que chegaríamos à última fronteira. Mas nós é que vamos empurrando as nossas fronteiras. Os nossos limites vão sendo desenhados por cada um de nós, paulatina ou vertiginosamente, num misto de arrojo, de loucura e de inocência. Como a do menino do poeta brasileiro Manoel de Barros.

O Vidente
Primeiro o menino viu uma estrela pousada nas pétalas da noite
E foi contar para a turma
A turma falou que o menino zoroava
Logo o menino contou que viu o dia parado em cima de uma lata
Igual que um pássaro pousado sobre uma pedra.
Ele disse: dava a impressão que a lata amparava o dia.
A turma caçoou.
Mas o menino começou a apertar parafuso no vento.
A turma falou: mas como você pode apertar parafuso no vento
Se o vento nem tem organismo.
Mas o menino afirmou que o vento tinha organismo
E continuou a apertar parafuso no vento.

Odete Ferreira
Presidente da Direcção da d'Orfeu

quinta-feira, 25 de novembro de 2010

Todos a celebrar os 15 anos da d'Orfeu!


Águeda celebra década e meia de vida cultural com a d’Orfeu!

No próximo sábado 4 de Dezembro, a d’Orfeu completa 15 anos. O grande momento das comemorações será a apresentação do livro e filme “Contexto e Significado” no CEFAS, em que participarão muitas das pessoas e entidades que ajudaram a construir esta década e meia de cultura. A noite prosseguirá com um convívio popular no Espaço d’Orfeu. Na véspera, abre a exposição de todos os cartazes feitos pela Associação desde 1995. As celebrações são abertas a toda a comunidade.

No Auditório do CEFAS, pelas 17h30 de sábado, tem lugar o lançamento oficial de "Contexto & Significado", a dupla obra que inclui o livro do jornalista António Pires e o documentário do realizador Tiago Pereira, edição que marca a estreia editorial da d'Eurídice, novo selo d'Orfeu. A sessão contará com a presença de António Pires e com a projecção integral do filme "Significado", além da entrega de t’Orfeus, a apresentação do novo website da Associação e ainda a música e a palavra dos artistas da casa, perante a família d’Orfeu reunida: os Sócios de hoje e de sempre, ao Amigos, os Alunos, a Equipa, os Mecenas, os Parceiros, as Entidades Oficiais, a Imprensa e, claro, o imenso público d’Orfeu!

“Contexto e Significado” inclui testemunhos de Hermeto Pascoal, Sérgio Godinho, Luanda Cozzetti, Carlos Guerreiro e Júlio Pereira, além de muitos outros nomes directamente ligados a estes 15 anos de intervenção cultural da Associação. Com um olhar para dentro e para fora da Associação, livro e filme assumem o estatuto de documentos essenciais para o meio cultural português. Com esta viagem ao fundo da Associação pela pena de um e pela objectiva do outro, a d’Orfeu ganha novos cúmplices para a sua missão: não só os próprios António Pires e Tiago Pereira, bem como o universo dos seus públicos. António Pires é jornalista e crítico musical, um dos mais lidos bloggers da praça, através do seu “Raízes e Antenas”. Tiago Pereira é o visualista a quem foi atribuído recentemente o Prémio Megafone na categoria Missão, já com este seu último filme prestes a ser lançado pela d’Orfeu. “Contexto e Significado” não é só uma comemoração, é uma obra que entra directamente nos escaparates culturais.

“Contexto”, além da sua versão física, estará disponível também em áudio-livro, cujos trechos marcarão o especial guião de 4 Dezembro no CEFAS, um espectáculo híbrido entre cerimónia e performance. Todos a uma comemoração que promete ser tão marcante como a própria efeméride. Quinze anos já cá cantam! Portugal aplaude.

PROGRAMA COMPLETO 15 ANOS

Sexta 3 Dezembro, 19h00
Biblioteca Municipal Manuel Alegre
Inauguração da Exposição “15 anos de cartazes d’Orfeu”

Sábado 4 Dezembro, 17h30
Auditório do CEFAS
Lançamento de “Contexto e Significado” (filme, livro e áudio-livro)
+ atribuição t’Orfeus, novo website, testemunhos, etc

Sábado 4 Dezembro, 20h00
Espaço d’Orfeu
Jantar volante, porco no espeto, festa espontânea (em terra de músicos...)

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

d’Orfeu em prospecção cultural na América Latina

A Organização dos Estados Ibero-americanos para Cultura (OEI), com sede em Madrid, seleccionou o português Luís Fernandes, programador cultural da d’Orfeu (Águeda), para uma missão de prospecção em festivais e feiras de música no Brasil. O périplo, que inclui paragens em Curitiba, Salvador e Belo Horizonte, inicia já a 22 de Novembro e prolonga-se até 13 de Dezembro próximo, através do programa de mobilidade da OEI para profissionais da cultura, cujo objectivo é alargar as possibilidades de cooperação entre instituições culturais da Península Ibérica com todos os países da América Latina.

A agenda de oportunidades de prospecção cultural da d’Orfeu, apesar de intensa, tem-se limitado quase exclusivamente ao continente europeu, correndo as principais feiras e mercados dedicados à música e às artes em países como Espanha, Dinamarca, República Checa ou França. Contudo, no âmbito da forte programação de músicas do mundo por parte da Associação, nomeadamente para o Festim (festival inter-municipal que decorre anualmente em Águeda, Sever do Vouga, Estarreja, Ovar e Albergaria-a-Velha), as relações de contratação e intercâmbio da d’Orfeu são à escala planetária.

Nesta providencial oportunidade de diversificar mercados, com o apoio da Organização dos Estados Ibero-Americanos e através do programador Luís Fernandes, a d’Orfeu vai marcar presença em duas das mais importantes feiras culturais da América do Sul: o Mercado Cultural da Bahia (em Salvador) e a Feira Música Brasil (em Belo Horizonte). O roteiro inclui ainda Curitiba como importante ponto de contacto, em reciprocidade à cooperação estabelecida com a Olaria - Projectos de Arte e Educação (entidade parceira da d’Orfeu, cujas acções conjuntas vêm sendo desenvolvidas em território português há vários anos), para uma agenda de encontros com diversas estruturas artísticas daquela cidade brasileira.

Os indicadores de êxito desta prospecção serão avaliados pela OEI a partir, por um lado, do incremento de grupos e artistas provenientes da América Latina nas futuras programações dos eventos d’Orfeu e, por outro, com a abertura de canais de circulação de grupos e artistas portugueses em território latino-americano, tendo em conta que a d’Orfeu é também uma estrutura de criação artística com potencial de internacionalização.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Contexto & Significado aos 15 anos da d'Orfeu!

trailer de “Significado” http://www.vimeo.com/8818449


A d’Orfeu Associação Cultural completa 15 anos de intensa actividade no próximo dia 4 de Dezembro, data em que lançará o livro+filme “Contexto & Significado”, resultado de uma encomenda da associação de Águeda ao jornalista António Pires e ao realizador Tiago Pereira. A sessão terá lugar no Auditório do CEFAS, em Águeda, a 4 de Dezembro próximo pelas 17h30.

Com os 15 anos d’Orfeu como mote, é criativamente que a Associação celebra a efeméride, com uma obra dupla: "Contexto", o livro escrito por António Pires e que nos transporta até às origens de uma associação artística que abriu novos caminhos culturais a Águeda, e "Significado - A música portuguesa se gostasse dela própria", realizado por Tiago Pereira, um testemunho visual de contextualização contemporânea das tradições musicais que, mais que enaltecimento gratuito, antes faz o ponto de equilíbrio entre a história da própria associação e o retrato da sua posição, hoje, no meio cultural. É questionando o global que nos damos conta que também a d'Orfeu, nos últimos 15 anos, já escreveu história. “Contexto & Significado” é também a primeira edição da d’Eurídice, o novo selo editorial da d’Orfeu Associação Cultural.

O programa integral de comemoração dos 15 anos da d’Orfeu inclui ainda, a 3 de Dezembro pelas 19 horas na Biblioteca Municipal Manuel Alegre, a inauguração de uma Exposição da história gráfica da associação (centenas de cartazes de eventos desde 1995) e um convívio popular no Espaço d’Orfeu, na noite de sábado 4 Dezembro, aberto a toda a comunidade.
Muito mais informações estão disponíveis no sítio web, no blogue e nos perfis d’Orfeu nas redes sociais.


quarta-feira, 10 de novembro de 2010

OuTonalidades palmilha quilómetros!

Sucedem-se os concertos, todos os fins-de-semana,
num circuito imenso que se estende da Corunha a Tavira.


A 14ª edição do OuTonalidades já leva realizados 32 dos 69 concertos programados. Numa altura em que o circuito cumpriu mais de metade do seu calendário, chegou já a 19 dos 22 espaços (17 em Portugal, 5 na Galiza), com a participação de 16 dos 25 grupos participantes nesta edição. O circuito começou a 22 de Setembro na Corunha e apresenta uma impressionante agenda de música ao vivo até 18 de Dezembro, num roteiro que se estende da Galiza ao Algarve.

Neste último fim-de-semana, entre 4 e 6 de Novembro, realizaram-se cinco concertos OuTonalidades, vários em simultâneo, em localidades tão distintas como Chaves, Lisboa, Peso da Régua, Estarreja e Tavira. O poder de intervenção cultural deste circuito assume uma importância cultural decisiva em muitos destes locais.

O êxito do OuTonalidades resulta, incontornavelmente, do inédito intercâmbio luso-galaico resultante da parceria do circuito português com a Rede Galega de Música ao Vivo, criando-se um roteiro único de espaços e grupos portugueses e galegos. São já muitas as noites memoráveis desta edição, são já muitos os quilómetros percorrido
s pelos grupos, são já mais que muitas as centenas de espectadores e continua a esperar-se ainda muito mais deste grande palco chamado OuTonalidades, na sua 14ª edição.

Os próximos fins-de-semana reservam ainda muita e aliciante programação. Charanga, Corsage, Bando do Rei Pescador, Toques do Caramulo, GS Quartet, Bela Nafa, Osmavati, Grupo Rastolhice e Monstro Mau são os nomes que percorrem o país durante todo o mês de Novembro. À Galiza rumam Desbundixie e Sofia Vitória & Luís Figueiredo. Já Dakidarria e Marcos Teira são os grupos galegos que descem ao nosso país este mês.

Todas as datas e informação sobre o 14º OuTonalidades estão disponíveis aqui, e no myspace do evento, onde é possível consultar o calendário completo e conhecer todos os espaços e grupos participantes. Os Municípios de Águeda, Estarreja, Ovar e Tavira são apoiantes oficiais desta 12º edição, além do Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes e de vários outros organismos. Na Galiza, a AGADIC e a Clubtura são os parceiros oficiais do OuTonalidades. O circuito é coordenado, desde sempre e a partir de Águeda, pela d’Orfeu Associação Cultural.


AGENDA, MÚSICAS E VÍDEOS EM

ALGUMAS FOTOS DESTA EDIÇÃO EM

14º OuTonalidades – circuito português de música ao vivo
22 Setembro a 18 Dezembro, Portugal e Galiza

quinta-feira, 28 de outubro de 2010

d'Orfeu integra rede europeia LIVE DMA

“OuTonalidades” associa-se a circuitos congéneres na Europa

A d’Orfeu Associação Cultural é membro fundador, junto com várias associações musicais europeias, da rede “LIVE DMA”, uma plataforma de redes nacionais dedicadas à circulação de música ao vivo, cuja formalização teve lugar no passado mês de Setembro em Vic (Espanha). A associação de Águeda participa na qualidade de promotora do “OuTonalidades – circuito português de música ao vivo”, cuja 14ª edição decorre actualmente em Portugal e na Galiza.

Teve lugar, durante o recente Mercado de Música Viva de Vic, a formalização da rede europeia LIVE DMA, constituída por seis associações de difusão musical, sendo de destacar a presença da d'Orfeu Associação Cultural (Águeda, Portugal) entre as congéneres ACCES (Espanha), La Fédurok (França), Clubcircuit e Club Plasma (Bélgica), e Spillesteder (Dinamarca), todas gestoras de circuitos nacionais – no caso do OuTonalidades, transfronteiriço - de música ao vivo de pequeno formato.

Naquela ocasião foi apresentado e assinado o Protocolo de cooperação, que envolverá os vários parceiros numa filosofia de acção comum. As redes agora associadas comprometem-se a apoiar-se mutuamente e contribuir activamente para a descoberta, emergência e intercâmbio de novos projectos musicais, assumindo, deste modo, um papel determinante na mobilidade dos artistas europeus e nas dinâmicas europeias de renovação artística. Acrescem uma dimensão política e económica, com o intuito de se conquistar, em conjunto, uma legitimidade europeia para a proliferação e circulação da música ao vivo de pequeno formato no espaço europeu, através das economias de escala que emanam das práticas nacionais de cada circuito.

A LIVE DMA Network é dirigida conjuntamente por todas as estruturas associativas que a integram, tendo já sido estabelecido um cronograma de encontros de trabalho e um plano de acção à escala europeia. A próxima reunião da LIVE DMA realizar-se-á no festival TransMusicales, em Rennes (França), no início de Dezembro de 2010.


Mais sobre o OuTonalidades em
http://www.dorfeu.pt/OuTonalidades

domingo, 17 de outubro de 2010

Um Festim na Antena 2


Antena 2 vai transmitir concertos gravados ao vivo no Festim!

Quem se lembra dos magníficos concertos da Serenata Guayanesa ou dos Terem Quartet? Quem ainda guarda na memória os sons da Mahala Raï Banda, Kilema ou Rare Folk? Quem não consegue esquecer a presença de Renato Borghetti ou Minyeshu?

A partir de 27 de Outubro, a Antena 2 transmite os concertos gravados ao vivo na 2ª edição do Festim - festival intermunicipal de músicas do mundo, evento d’Orfeu que percorreu cinco municípios nos passados meses de Junho e Julho, em parceria com as Câmaras Municipais de Águeda, Sever do Vouga, Estarreja, Ovar e Albergaria-a-Velha.

O programa "Raízes" da Antena 2, da autoria de Inês Almeida, fará a mesma viagem que o público, recordando os concertos de Terem Quartet (Rússia), Rare Folk (Espanha), Renato Borghetti (Brasil), Kilema (Madagáscar), Mahala Raï Banda (Roménia), Minyeshu (Etiópia) e Serenata Guayanesa (Venezuela), gravados pela estação pública durante o festival intermunicipal.

A primeira transmissão terá lugar a 27 de Outubro, pelas 0h00 (ou seja, de terça para quarta-feira, à meia-noite), prosseguindo diariamente sempre no mesmo horário. Além da frequência de rádio, as emissões podem ser ouvidas em directo na internet ou, após a transmissão, no arquivo de programas.

terça-feira, 12 de outubro de 2010

Todos fizeram O Gesto Orelhudo!

O belga Elliot encerrou o 9º Festival “O Gesto Orelhudo” © foto Mário Abreu

Uma semana de tenda cheia, uma nova religião artística a professar: a musicomédia.
O Gesto Orelhudo: transfusão músico-teatral bem sucedida!

Todas as fotos do festival aqui.

Caiu o pano sobre a 9º edição do Festival “O Gesto Orelhudo”. Águeda guardará na memória, durante mais um ano, os momentos proporcionados por um festival que, à 9ª edição, ainda consegue surpreender o público. A Tenda do Espaço d’Orfeu encheu de musicomédia e a cidade chamou as atenções, durante a última semana, por fazer O Gesto Orelhudo.

A primeira noite, no dia 1, trouxe um surpreendente Mayalde, alquimista de sons rudimentares e comunicador nato. A noite terminou com a versão concerto de “Povo Que Lavas no Rio Águeda”, uma marca local no Dia Mundial da Música. No sábado, os nacionais Clarinetes Adlibitum ganharam pontos para a sua vertente músico-teatral, ajudando a superar a incipiente produção nacional musicómica. E depois Linsey Pollak, com o seu genial e excêntrico “Funky Junk”, um dos espectáculos mais aplaudidos nesta edição. O australiano apresentou-se ainda, como programação paralela, no Auditório da Casa do Povo de Valongo do Vouga e, de novo na Tenda, para 300 alunos das duas escolas secundárias da cidade de Águeda, numa manhã muito especial de sedução ao público orelhudo mais jovem. Outra grande noite orelhuda foi a de segunda-feira, com os brasileiros Tangos & Tragédias. A tenda apinhada de público não resistiu à provocadora musicomédia deste duo brasileiro, cuja vinda ao Festival se protelava há anos. Na quarta, os infalíveis Yllana apresentaram o hilariante espectáculo de percussão e tecnologia “Sensormen”. Na quinta, Quique Péon deu razão à aposta na dança no Gesto Orelhudo, com Ovay, um espectáculo para os sentidos. Por fim, o belga Elliot fechou com chave d’ouro, com a sua brilhante comédia visual em “Rock Comedy Show”. A noite prosseguiu em festa com a Farra Fanfarra, abrindo as hostilidades do OuTonalidades em Águeda (mais concertos no Espaço d’Orfeu nos próximos 15, 22 e 29 Outubro).

O 9º Festival “O Gesto Orelhudo” foi uma iniciativa d’Orfeu em co-produção com a Câmara Municipal de Águeda, com o apoio do Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes, além de inúmeras parcerias e apoios locais, regionais, nacionais e internacionais. A próxima edição do festival, a décima, terá lugar de 4 a 8 de Outubro de 2011.

sábado, 2 de outubro de 2010

O Gesto Orelhudo: espectáculo "Barbieri" cancelado

espectáculo de domingo 3 Outubro, 21h45
“Barbieri”, Teatro Necessário (Itália)

ESPECTÁCULO CANCELADO
por motivos de força maior de um dos actores.

O espectáculo não será substituído, não havendo qualquer programação na noite de domingo. Portadores de Passe Orelhudo ou bilhete para essa noite poderão solicitar devolução na bilheteira. Lamentamos a situação e agradecemos a melhor compreensão.

Mantém-se inalterável toda a restante programação do 9º Festival “O Gesto Orelhudo”.

sábado, 18 de setembro de 2010

Águeda vai fazer "O Gesto Orelhudo"!

CONSULTA O LIBRETO-PROGRAMA AQUI.

De 1 a 8 Outubro, com espectáculos de Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Brasil e Austrália.
Aí está o Festival “O Gesto Orelhudo” mai-la sua original programação!


De 1 a 8 de Outubro, Águeda volta a ser palco de referência da musicomédia internacional, com a 9ª edição do Festival “O Gesto Orelhudo”, o mais aclamado evento d’Orfeu. Todos os espectáculos vão decorrer na Tenda do Espaço d’Orfeu, onde o público tem encontro marcado com o espírito único e original deste festival. É ali que Águeda faz O Gesto Orelhudo!

Consolidando-se como uma iniciativa ímpar no panorama cultural português, a programação contempla uma diversidade performativa na fusão de música, teatro, clown, humor e dança, reunindo grupos e artistas de Portugal, Espanha, Itália, Bélgica, Brasil e Austrália. A decorrer diariamente na Tenda do Espaço d'Orfeu, este ano são destaques orelhudos a cativante performance dos espanhóis Mayalde e as canções ribeirinhas na versão concerto de “Povo Que Lavas no Rio Águeda” (1 Outubro), a versatilidade dos portugueses Clarinetes AdLibitum e a excentricidade criativa do australiano Linsey Pollack (2 Outubro), o regresso das acrobacias dos musiclowns italianos Teatro Necessario (3 Outubro), a hilariante musicomédia dos brasileiros Tangos & Tragédias (4 Outubro), o humor percussivo dos espanhóis Yllana (6 Outubro), a ironia de movimento do galego Quique Péon (7 Outubro) e a expressividade cómica do belga Elliot (8 Outubro), engatando a noite de encerramento com as noites de OuTonalidades em Águeda.

O Gesto Orelhudo é, por excelência, um festival dedicado à fusão transdisciplinar. Diz-se da musicomédia, termo nascido da orelhuda ideia de casar a música e o humor. Não tão-só. A diversidade das propostas de programação está, uma vez mais, à vista: do intimista ao hilariante vai a distância de uma orelha à outra. E vice-versa. Sempre com uma louca capacidade de surpreender. Além da habitual ala musicómica – novos e surpreendentes espectáculos a não perder! -, nesta 9ª edição O Gesto Orelhudo é também palco das contaminações transdisciplinares da cultura tradicional: “Povo Que Lavas no Rio Águeda”, “Mayalde” e “Ovay” acrescentam olhares a um festival que, aos 15 anos da d’Orfeu, é ele próprio uma marca de Águeda!

A 9ª edição do Festival “O Gesto Orelhudo” é uma co-produção da d’Orfeu Associação Cultural e da Câmara Municipal de Águeda, com o apoio oficial do Ministério da Cultura / Direcção-Geral das Artes, para além de inúmeros apoios locais, regionais e nacionais. Esta edição conta ainda com extensões em Sever do Vouga (2 Outubro) e Estarreja (9 Outubro), municípios vizinhos e parceiros, além de uma série de iniciativas paralelas nas ruas, escolas e freguesias do próprio concelho de Águeda.



PROGRAMA OFICIAL

Sexta 1 Outubro

21h45 “Al Buen Tun Tun”, Mayalde (Espanha)
O deslumbramento da tradição cantada e contada!
A prosa afiada, arrebatadora, de quem canta histórias ao mesmo tempo que conta cantigas. Eusébio, mulher e filhos: Mayalde são eles. Uma prodigiosa capacidade de comunicação faz de Eusébio o cicerone deste espectáculo. Ele faz música com colheres, com bonecos, com sertãs, com bigornas, com ossos, com ar... Grande concerto com música simples! Eusébio é um prodígio de desembaraço e ironia. No Dia Mundial da Música, Mayalde é a abertura d’O Gesto Orelhudo.

23h15 Povo Que Lavas no Rio Águeda - versão concerto
Do rio para a tenda, a orquestra do memorável espectáculo!
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Em "Povo que Lavas no Rio Águeda" - apoteótica manifestação artística que Águeda construiu sobre as águas do rio -, um colectivo de músicos, não mais de uma dúzia, escolhidos a dedo, assegurava o grosso do alinhamento musical. É essa magnífica orquestra que subirá agora ao palco, revisitando inéditos arranjos das canções ribeirinhas. No festival da transdisciplinaridade, eis um espectáculo que se torna intenso por se remeter à crua essência. É a memória fresca de Julho passado que lhe traz o imaginário.


Sábado 2 Outubro

21h45 “Ri bemol”, Clarinetes AdLibitum (Portugal)
O sopro circense das músicas do mundo!
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Quatro clarinetes e um percussionista dão liberdade total à sua música. Tanta liberdade que, sendo músicos extraordinários, embarcam numa diversão teatralizada, dando sentido ao nome do colectivo Ad Libitum (do latim, ‘à vontade’ ou ‘a bel-prazer’). Em ‘Ri Bemol’, este quinteto percorre um repertório universal que parte dum instrumento comum: o clarinete. Um projecto nacional a aplaudir.

23h15 “Funky Junk”, Linsey Pollak (Austrália)
Os insólitos instrumentos de um fantástico músico-inventor!
Músico descontroladamente inventivo, em duo com a percussionista Jessica Ainsworth, Linsey constrói os instrumentos em tempo real, com os objectos mais inesperados: gaitas-de-foles feitas das luvas de borracha ou bolas de praia, clarinetes de mangueira de jardim ou de espanador de pó! E é em tempo real que compõe, sobrepondo ao vivo o que ele próprio vai tocando e gravando. Senhoras e senhores, eis um nome que faltava na galeria do Festival “O Gesto Orelhudo”: directamente da Austrália, Linsey Pollak!


Domingo 3 Outubro

21h45 “Barbieri”, Teatro Necessario (Itália)
Ei-los de volta, novo espectáculo e a mesma loucura!
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Depois do estupendo êxito de “Clown in Libertá” no ano passado, estes incríveis italianos estão de volta, agora com um novo espectáculo, capaz de impressionar ainda mais o público orelhudo. "Barbieri" é a recriação da sociedade de outrora, em que a barbearia era o centro de ideias, palavras e músicas. Fazendo do tempo de espera ocasião de peripécias, os três musicómicos aspirantes a barbeiros fazem as acrobacias musicais mais inimagináveis à volta de uma cadeira de barbeiro. A não perder!


Segunda 4 Outubro

21h45 Tangos & Tragédias (Brasil)
O consagrado duo musicómico brasileiro chega a Águeda!
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Estrondoso sucesso no Brasil que já contagiou o público português. Agora, finalmente, n’O Gesto Orelhudo! Um toca acordeão e conta histórias trágicas de dor-de-cotovelo, homem sofrido, cheio de amores frustrados e desilusões, é um passional latino que não poupa na emoção. O outro toca violino e é um homem de estranha personalidade, de olhos muito expressivos e imensas olheiras: um olhar seu corresponde a uma frase, ainda que indecifrável. Tangos & Tragédias é música, humor, teatro e interacção com o público. Tudo em doses brutais!


Quarta 6 Outubro

21h45 “Sensormen”, Yllana (Espanha)
Percussão & tecnologia ou como rir com batida!
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Yllana, a companhia que já trouxe ao Gesto Orelhudo espectáculos como “Rock & Clown” e “Pagagnini”, estreia agora em Portugal a sua nova produção, sempre numa linha de humor irreverente e corrosivo. Quatro músicos-cientistas servem-se da tecnologia de sensores para comunicar, numa sucessão meteórica de hilariantes gags com sons electrónicos, unindo percussão e tecnologia. Sensormen é musicomédia pura, o público orelhudo não se vai conter!


Quinta 7 Outubro

21h45 “Ovay”, Cia. Quique Péon (Galiza/Espanha)
Um artista de corpo inteiro dá ironia à dança!
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Quique Peón rompe a estética purista da música e da dança tradicional, ao mesmo tempo que bebe das suas fontes rurais. Na gíria galega, aos valentes chamavam-se "ovay", e é com esta valentia de enfrentar e reivindicar, nas subtis ironias de um artista de corpo inteiro, que o extraordinário Quique Peón (r)evoluciona a dança galega. Quique grita com o corpo. Um brilhante espectáculo para os sentidos! A dança na sua forma mais orelhuda.


Sexta 8 Outubro

22h00 “Rock Comedy Show”, Elliot (Bélgica)
A fechar a 9ª edição, um ás da comédia visual!
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Elliot é garantia de gargalhada contínua. Uma sequência alucinante de personagens, com recurso cómico aos clássicos do rock, num ritmo frenético e uma fluida interacção com o público. Um espectáculo de humor eléctrico, em que cada gag tem um grande sentido de comédia visual. Elliot é um mimo intratável, um verdadeiro contorcionista facial. Com “Rock Comedy Show”, o versátil cómico chega pela primeira vez ao Gesto Orelhudo.

23h30 Farra Fanfarra
[abertura do 14º OuTonalidades em Águeda]
A Farra Fanfarra é um efusivo colectivo de sopros, percussão e um mestre ‘sem’ cerimónias. Repertório variado e números de circo. A euforia da música, na primeira de quatro noites de OuTonalidades 2010 em Águeda!


Toda a info sobre o 9º Festival “O Gesto Orelhudo” no desdobrável digital, aqui.

OuTonalidades começa a 22 Setembro!


14º OuTonalidades - circuito português de música ao vivo
22 Setembro a 18 Dezembro, Portugal + Galiza
Corunha - Santiago de Compostela - Lugo - Bueu - Vigo - Ourense - Allariz
Chaves - Palaçoulo - Guarda - Famalicão da Serra - Amarante - Peso da Régua
Estarreja - Ovar - Águeda - Tondela - Fundão - Lisboa - Évora - Moura – Tavira


Aí está a 14ª edição do OuTonalidades! O circuito de música ao vivo volta a unir Portugal e Galiza, durante os próximos três meses, através de uma alargada rede de espaços que abrem portas à música que se faz de ambos os lados da fronteira. De 22 de Setembro a 18 de Dezembro, durante 13 fins-de-semana, o programa apresenta 70 concertos de 25 grupos em 22 espaços de música ao vivo, constituindo-se como a maior rede de música ao vivo de pequeno formato da Península Ibérica.

Em território português, o OuTonalidades alarga a sua rede que, nesta edição, se estende a 15 espaços de música ao vivo por todo o país, em 11 distritos, literalmente de norte a sul do país. Este é também o terceiro ano da cooperação entre o OuTonalidades e Rede Galega de Música ao Vivo, circuitos congéneres dos dois lados da fronteira, proporcionando agora a presença de 5 grupos portugueses na Galiza e 5 grupos galegos em Portugal, num total de 36 concertos em regime de intercâmbio luso-galaico, de géneros que vão do jazz ao tradicional, do rock ao fado, do ska aos blues, do experimental às músicas do mundo.

O circuito é coordenado pela d’Orfeu Associação Cultural, tendo por parceiro estratégico a AGADIC – Axencia Galega das Industrias Culturais, além de inúmeros parceiros em Portugal e na Galiza (municípios, teatros, associações) na construção de uma enorme rede de programação que se consolida ano após ano. A festa do OuTonalidades 2010 está servida!


OS 25 GRUPOS DESTA EDIÇÃO
a Charanga - Anunamanta - A Presença das Formigas - Bando do Rei Pescador - Bela Nafa - Corsage - Desbundixie - Fados a Preto e Branco - Farra Fanfarra - Groove 4tet - Grupo João da Ilha - Grupo Rastolhice - GS Quartet - Icon Vadis - João Gentil & Luís Formiga - Monstro Mau - Osmavati - Sofia Vitória & Luís Figueiredo - Toques do Caramulo - Dakidarria - Marcos Teira e L.A.R. Legido - O Sonoro Maxín - Pé de Boi - PELdeNOZ - L'Herbe Folle

Vem d'formar-te!


Nova plataforma de formação da d’Orfeu já funciona. Inscrições abertas até fim de Setembro.
d’Formação lança oferta formativa para o trimestre!

Inaugurando um novo modelo de formação, a d’Orfeu acaba de lançar a oferta formativa para o próximo trimestre, que é dirigida a todas as idades e percorre as várias artes performativas – Música(s), Teatro(s), Dança(s) -, e novos âmbitos relacionados - Cultura(s) e Técnica(s). As inscrições para os cursos do trimestre Outubro/Novembro/Dezembro decorrem até 30 de Setembro.


A d’Orfeu renovou o conceito da sua missão pedagógica, na viragem para uma plataforma integrada de pluralidade artística: a d’Formação. Uma visão transversal e interdisciplinar sobre o ensino artístico, mais abrangente e complementar, advém do facto de haver crescente procura nesse sentido e na convicção de que o cruzamento das linguagens performativas contribui para o enriquecimento das diversas expressões. A principal novidade é o carácter trimestral da oferta formativa, havendo uma apresentação no final de cada período, como resultado do cruzamento de todas as áreas artísticas desenvolvidas na d'Formação.

Na EMtrad’ (que reúne a oferta musical da d’Formação), retomam as aulas semanais de Concertina, contemplam-se novos instrumentos como Pandeireta e Canto Tradicional, revitalizam-se Cavaquinho e Gaita-de-Foles. Para além das aulas individuais, dá-se a aposta em aulas de conjunto do mesmo instrumento - modalidade de ‘Naipe’ -, funcionando os respectivos curso com base num número mínimo de inscritos. Paralelamente, enquanto prossegue o trabalho do Coro Infantil EMtrad’ (sábados 10h-12h), é criada a Orquestra de Percussão (terças 17h30-19h00).

As restantes propostas do trimestre são o Curso de Teatro para adultos (terças 19h00-20h30), Danças Europeias para adultos (Quintas 19h00-20h30), Artes Circenses para crianças e adolescentes (segundas 18h00-19h30). A primeira proposta da secção Cultura(s) é o Mini-Clube de Francês para crianças (quintas 18h30-19h30). As condições podem ser consultados no novo blogue http://dformacao.blogspot.com.

Para mais informações e inscrições (a decorrer até 30 de Setembro), há períodos especiais de atendimento e esclarecimento nos seguintes dias e horários: quinta 23 Setembro (das 12h às 14h e das 17h às 19h) e sexta 24 Setembro (das 12h às 14h e das 17h às 19h), além do atendimento geral todos os dias da semana na d’Orfeu Associação Cultural. Vem d’formar-te!

quinta-feira, 16 de setembro de 2010

d'Formação - trimestre Outubro/Novembro/Dezembro 2010


Estão abertas as inscrições para os novos Cursos da d’Formação - plataforma formativa da d’Orfeu nas diversas áreas:
  • Música(s)
  • Teatro(s)
  • Dança(s)
  • Cultura(s)
  • Técnica(s)
As principais novidades da oferta formativa são:
  • inscrições por trimestre
  • aposta em aulas de conjunto do mesmo instrumento
  • custos de inscrição mais populares
  • orquestra de percussão para jovens, semanalmente
  • a retoma de aulas de Concertina
  • novos instrumentos e mais formadores
  • apresentações no final de cada trimestre
  • cruzamento das áreas artísticas no trabalho pedagógico
Desde já, inscrições abertas. Para o 1º trimestre, inscrições só até final de Setembro!
Tratar no secretariado da Formação, no Espaço d’Orfeu (rés-do-chão) ou pelos contactos abaixo.
Para esclarecimentos há dias específicos, com os seguintes horários:
  • Quinta 16 Setembro: das 12h às 14h | das 17h às 19h
  • Sexta 17 Setembro: das 12h às 14h | das 17h às 19h
  • Sábado 18 Setembro: das 10h às 12h
 para mais informações formacao@dorfeu.pt


    terça-feira, 31 de agosto de 2010

    Inscreve-te já como Voluntário!