quinta-feira, 26 de novembro de 2009
d’Orfeu em festa com o ‘seu’ OuTonalidades!
Imersas em imensas tonalidades, caem as últimas folhas deste Outono. Que lhe continuam a dar cor e sobretudo... música! O intercâmbio luso-galaico em que se tornou o OuTonalidades, além da grande montra para projectos musicais emergentes, terá retrato nas duas grandes noites que a d’Orfeu perspectiva para marcar a passagem desta 13ª edição por Águeda. A 27 e 28 de Novembro, na latada do Espaço d’Orfeu - o palco mais emblemático de todo o circuito, ou não fosse a casa da associação promotora de toda a rede -, as noites prometem festa outonal no aconchego dos galegos Bukowski Blues Trio (blues/rock, na sexta) e Lamatumbá (ska/funky, no sábado). Na sua passagem por Águeda, eis o 13º OuTonalidades, roteiro ímpar para a música portuguesa.
Em ambas as noites, a partir das 21h, as janelas do Espaço d’Orfeu dão vista para as Banquinhas de Natal, um cantinho reservado para a venda de discos, artesanato, bijuteria, bonecos de pano e outras doçuras, a pensar na quadra que se avizinha.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
A grande noite dos 75 anos dos Bombeiros

Para comemorar o seu 75º aniversário, a Associação dos Bombeiros Voluntários de Águeda promove, na próxima sexta 4 de Dezembro de 2009, pelas 21h30, no Cine-Teatro São Pedro, em Águeda, o espectáculo Alma d’Água, com produção artística da d’Orfeu Associação Cultural e apoio da Câmara Municipal de Águeda.
Este parágrafo informativo e despojado seria suficiente para alertar Águeda para a importância da sua presença nesta festa. Mas esta noite não é de suficientes. É dos muito bons. Apoio, admiração, reconhecimento, aplauso, são palavras que podemos levar connosco para as lançarmos ao palco, quando alguns dos nossos melhores forem homenageados.
O que leva um jovem a tornar-se bombeiro voluntário? Arrojo, coragem, paixão, generosidade, solidariedade, atracção pelo risco, fogo? Tudo isto? Não será, afinal, o melhor da natureza humana? E nós, os do outro lado da barricada, as vítimas ou as potenciais vítimas das catástrofes, poderemos passar ao lado do reconhecimento desta grandeza?
E se o corpo do bombeiro é feito de machado e contra-fogo, a sua alma é um pelicano, um auto-tanque, uma cheia sempre pronta a salvar a vida. Se a vida do bombeiro é acesa pelo fogo, esse facho divino, a sua redenção é a água, a força sombra, a força mulher, que, esta noite, é também enaltecida. E ser alma d’água não é derreter-se de medo, é vencê-lo, é ter a braveza da torrente, o destemor de enfrentar a loucura, a utopia de afogar o brasido, é ser a força maior. Ser alma d´água é calar o choro que corre por dentro e fundi-lo na lágrima do regresso.
E se, justamente, condecoramos os heróis da primeira linha, é igualmente tempo de lembrar a retaguarda, aqueles que lhes preparam o caminho, aquelas que os cuidam, que os amam e os esperam até que eles voltem a subir a ladeira da casa.
Por uma noite seremos todos bombeiros. Por uma vida, apenas aqueles que podem.