sexta-feira, 18 de fevereiro de 2005

Itinerâncias - Março 2005

Em Março, continuam as Itinerâncias em mais 6 freguesias. Para além das criões d'Orfeu uma delas em reposição as 2 anos fora de cena -, destaque também para o filme-concerto, com música ao vivo sobre um filme de Charlie Chaplin. Atenção ainda à Visita de Formação d'Orfeu, que este ano abala a Terras de Miranda.


sex 4 Março 21h45

TRAVASSÔ - Sede Banda 12 Abril

Muito Riso, Muito Siso


b 5 Março 21h30

PRÉSTIMO - Salão da Junta de Freguesia

Toques do Caramulo


sex 11 Março 21h30

BELAZAIMA DO CHÃO - Sao da Junta

Toques do Caramulo


b 12 Março 21h30

AGUADA DE CIMA - Salão da Junta de Freguesia

Muito Riso, Muito Siso


dom 13 Março 18h00

LAMAS DO VOUGA - Salão da Casa da Junta

filme-concerto A Quimera do Ouro


sex 18 Março 21h30

SEGADÃES - Sede Junta Freguesia

filme-concerto A Quimera do Ouro



quinta-feira, 17 de fevereiro de 2005

Propostas para o fim-de-semana!

A d'Orfeu propõe duas realizações culturais no último fim-de-semana de Fevereiro:

No sábado 26 Fevereiro, pelas 21h30, sobe ao Centro Cívico de Barrô a criação “Olá Classe Média”, um espectáculo do Trigo Limpo teatro ACERT, integrado no programa das Itinerâncias.

No domingo 27 Fevereiro, pelas 15h30 na Fundação Dionísio Pinheiro, decorre o seminário “Águeda: Músicos no Tempo”, um encontro pelo prazer das histórias e memórias sobre o movimento musical de Águeda, invocando as figuras e os grupos que fizeram a história musical do nosso concelho ao longo das últimas décadas.

Qualquer das acções tem entrada livre.

Toda a informação disponível em www.dorfeu.com.

Fique já atento também à agenda das Itinerâncias para o mês de Março.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2005

Pela boca morre o peixe



Não seriam o Trigo Limpo se, no passado 4 de Fevereiro, no auditório do Centro Comunitário de Recardães, não nos deixassem assim, com água na boca, dessa que transbordava do mar do palco, onde se balouçava um barco-peixe e onde se desenhavam a intriga e o poder entre três náufragos, em luta pela sobrevivência.

Nesta colagem de textos do Padre António Vieira, Slawomir Mrozek, Brecht e Karl Valentin, com dramaturgia e encenação de Pompeu José e interpretação de Ilda Teixeira, Pompeu José, Ruy Malheiro e Sandra Santos, o espectador vê-se confrontado com a conflitualidade na sociedade humana, representada alegoricamente por peixes, náufragos, tubarões do alto mar e peixinhos de aquário.

Que a experiência e a pesquisa continuam a ser a dominante desta companhia, a elaboração caracteriza a cenografia, a linguagem teatral é profusa, a música liberta ou desperta, consoantemente, e que a interpretação nos agarra nesses tão brevíssimos minutos de espectáculo, serão verdades quase corriqueiras na existência do Trigo Limpo. Nesta noite, como já em tantas outras, os actores vestiram-se de vários séculos e passaram-nos, como em mensagem de cibernauta, o mistério insolúvel da nossa história de humanos, dos homens comedores de homens, para esquadrinharmos, até que a memória se esbata e nos alivie. Deixaram-nos o menino nas mãos. É esse o papel da arte. É assim que fazem os artistas. Abrem-nos tanto os olhos que às vezes nos cegam, como diria Saramago.

E assim vamos “voando por dentro do azul”, de água na boca, com estas viagens promovidas, em boa hora, pela Câmara Municipal e a d'Orfeu.

Que a itinerância prossiga!

Odete Ferreira